ERROS

Um dia abre-se a janela e ao invés de vislumbrar o dia belo à sua frente, fixa-se nas nuvens cinzas que encobrem o céu. Não vê mais nada. E num puro impulso insano de não parar e refletir, age como se uma tempestade invadisse o dia. Mas não havia tempestades, apenas poucas nuvens cinzas no céu. Então, cria-se a tormenta, afasta-se do belo, impregna-se de uma letargia triste... Impulsividade marcada pela emotividade, é o que lhe impede de ser melhor. Turvando-lhe as vistas para tudo o que já alcançou. Criando imagens distorcidas de uma realidade  fantasiosa. E diante de si, de suas fraquezas, finge estar tudo bem. E as marcas deixadas em cada erro, parece não trazer-lhe exemplos suficientes para ser-lhe impulso de mudança. Talvez esta ultima tempestade tenha mudado um tanto as coisas. E as nuvens cinzas que encobrem suas vistas, deixem espaço para o sol entrar e haja uma real transformação. Porque as marcas externas, o tempo apaga... mas para quem as carrega internamente, não há tempo que dissipe o impacto da tempestade. Sente-se uma idiota diante de si mesma, uma tola e impulsiva. E lhe dói mais que a tudo, saber que depende de si única e exclusivamente agir de outra forma, melhorar-se. Assim como foi exclusivamente sua a causa de todas as tempestades vividas. É chegado o tempo de sanar os erros.

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