Um brinde

(Imagem: Fabian Perez)

Brindemos, por que não
aos laços que se rompem
se desatam frouxos
líquidos, vazios de sentido
Brindemos ao desabrigo
deste corpo, deste rosto
deste riso, destas mãos
Um brinde à solidão
Brindemos aos senãos
e as promessas lançadas ao vento
Brindemos aos maus momentos
aos seus / meus lamentos
e a todos os silêncios
e aos tormentos desta alma
Brindemos com calma
que a nova vida ainda não veio 
e é promessa também não cumprida
Brindemos às despedidas
e a este meio termo
que é sentir-se viva
e ao mesmo tempo não
Brindemos sem razão
que o dissabor que fica
me convida ao brinde
e a me entorpecer



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